Os interrogatórios do processo que apura suposto plano de golpe de Estado será retomado às 9h de terça-feira (10), com o depoimento do ex-comandante da Marinha Almir Garnier.
Nesta tarde, Mauro Cid confirmou ao STF que houve discussão e elaboração de uma minuta de decreto pensada para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo ele, o documento previa, inicialmente, a decretação de estado de defesa e a prisão de uma série de autoridades.
Bolsonaro teria então removido os trechos que falavam sobre prisão, mantendo somente a de Moraes.
O tenente-coronel também afirmou que o objetivo principal de Bolsonaro sempre foi encontrar fraude nas urnas. Cid também relatou a participação de Walter Braga Netto na trama e pressões de militares da ativa por uma ação que mantivesse Bolsonaro no poder.
Ramagem, por sua vez, usou o momento de interrogatório como oportunidade de defesa. Ele negou que a Abin, sob sua gestão, buscasse fraude nas urnas eletrônicas. Disse ainda que a agência nunca foi usada para monitorar autoridades.
De acordo com o ex-diretor-geral, a Polícia Federal (PF) citou de forma errônea o sistema de geolocalização israelense First Mile em relatório para associá-lo ao suposto plano de golpe de Estado no país.
Além de Cid e Ramagem, ainda serão ouvidos mais seis réus: