O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou no domingo (8) que havia ordenado que os militares "assumissem o controle" da área desmilitarizada, que separa as Colinas de Golã ocupadas por Israel do resto da Síria.

A ONU confirmou que as tropas israelenses entraram nessa área e estão se movendo por ela, onde permanecem em pelo menos três locais, de acordo com Dujarric.

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"Não deve haver forças ou atividades militares na área de separação", advertiu.

Dujarric também ressaltou que os agentes da UNDOF, que têm a tarefa de manter um cessar-fogo entre Israel e a Síria e supervisionar as áreas de separação e limitação, permanecem em suas posições e estão realizando suas atividades obrigatórias.

"Atualmente, a situação na área de operações da UNDOF é relativamente calma", pontuou.

Entenda o conflito na Síria

O regime da família Assad foi derrubado na Síria no dia 8 de dezembro, após 50 anos no poder, quando grupos rebeldes tomaram a capital Damasco.

O presidente Bashar al-Assad fugiu do país e está em Moscou após ter conseguido asilo, segundo uma fonte na Rússia.A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.

O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.

Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.

Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma "guerra por procuração".

A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.

Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte "adormecido", com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.

Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, de acordo com a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.

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