Matheus Calvelli, cientista de dados e pesquisador da Stone, aponta que o resultado estável sugere que a desaceleração da atividade econômica pode estar chegando ao limite.
"O mercado de trabalho voltou a dar sinais positivos, com queda na taxa de desemprego e geração de empregos formais acima do esperado", avaliou.
Segundo o pesquisador, apesar da possível estabilização da atividade econômica, o cenário ainda inspira cautela, especialmente diante do comprometimento de renda das famílias.
"Para o próximo mês, esperamos uma manutenção desse ritmo moderado. Já para o segundo semestre, caso se confirmem cortes na taxa de juros e o mercado de trabalho siga forte, há possibilidade de melhora”, acrescentou.
Segundo o levantamento, cinco dos oito segmentos analisados registraram alta no mês, com destaque para hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,5%) e móveis e eletrodomésticos (0,7%).
Os segmentos de livros, jornais, revistas e papelaria e o de combustíveis e lubrificantes apresentaram uma retração de 2% e 1,5%, respectivamente, no comparativo mensal.
Enquanto isso, o comércio físico teve alta de 0,5%, e o comércio digital registrou queda de 3,1%.
“Esses resultados sugerem que o varejo digital ainda sente os efeitos do enfraquecimento da demanda, possivelmente pressionado por um consumidor mais cauteloso, diante de um cenário econômico que ainda exige atenção”, disse o pesquisador da Stone.
Dentre os estados analisados, 18 apresentaram crescimento anual nas vendas, com destaque para Amapá (6,9%), Acre (6,3%) e Sergipe (5,8%).
Já o Mato Grosso do Sul liderou as retrações, com queda de 3,8%, seguido por Rio Grande do Sul (3,2%) e Distrito Federal (2,7%).
*sob supervisão de Gabriel Bosa.
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