"São mais de 50 mil ageiros que hoje estão em uma situação sem alternativas e, portanto, a empresa pode ser punida por isso. O consumidor evidentemente pode ser realocado entre outras cias aéreas, essa possibilidade existe, mas tem que ter uma solução pelo menos de imediato, para evitar que o consumidor se dirija aos aeroportos e fiquem ali aguardando por uma solução que não está chegando, é lamentável essa situação", afirmou a advogada.
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A Anac informou neste sábado que intimou o grupo Itapemirim, para que cumpra medidas de assistência aos ageiros que reservaram voos cancelados pela companhia.
"O mais importante nesse momento é o consumidor ter os contatos da empresa, ter alguém no aeroporto. A Anac tem que exigir que se coloque informações claras ao consumidor, com alternativas, e isso tudo é analisado caso a caso. Tem que dar uma solução para o ageiro, principalmente agora no fim do ano", disse a especialista.
No caso de cancelamento de voos, a advogada explica que a empresa é obrigada a fornecer informações ao consumidor antes dele chegar ao aeroporto.
"Oferecer opções é extremamente importante para que o consumidor saiba quais são as alternativas, sempre se documentar, é importantíssimo. Não adianta ter um e-mail só como canal para o consumidor entrar em contato, tem que ter outras formas de contato e saber como ele irá fazer, qual vai ser a solução caso a caso", afirmou.
À CNN, a advogada explicou que se o consumidor comprou agem por meio de uma agência de turismo, ela também é corresponsável, e o consumidor que não tiver solução tem que reclamar nos órgãos de defesa do consumidor. "Tem que reclamar naquela plataforma do governo também (consumidor.gov); muitos aeroportos também têm o juizado especial cível, onde o consumidor pode fazer sua reclamação, e evidente, tudo com provas, protocolado, para uma eventual ação judicial se for necessário".
Segundo a Anac, a ITA precisará atualizar a agência sobre as medidas necessárias de honrar bilhetes vendidos e reacomodar clientes que estão sem voos. A agência orienta que os ageiros prejudicados entre em contato com a ITA, e que não compareçam a aeroportos sem ter agens válidas.
*Produzido por Renata Souza, da CNN (sob supervisão de Layane Serrano)
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