A decisão do ministro foi tomada durante o intervalo para o almoço entre as sessões da manhã e da tarde da Primeira Turma do STF destinadas às oitivas dos réus na ação penal da trama golpista. O depoimento do ex-presidente está previsto para começar às 14h30.

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Os advogados do ex-presidente pediram ao ministro autorização para transmitir vídeos durante o interrogatório de Bolsonaro, “com a utilização de telão e quaisquer outros recursos midiáticos e audiovisuais que se façam necessários”.

A defesa argumenta que os vídeos são de interesse público e que a divulgação ajudaria a garantir a transparência do processo.

O ex-presidente afirmou ao chegar para a sessão de depoimentos da trama golpista nesta terça que pretende falar por horas. “Se eu puder ficar à vontade, se preparem, vão ser horas”, afirmou.

Moraes iniciou sua decisão recordando que o interrogatório constitui o exercício da autodefesa, em que o réu apresenta sua versão dos fatos, contradiz argumentos da acusação, aponta provas a serem trazidas aos autos e responde às perguntas do ministro, do procurador-geral e dos demais réus.

“No interrogatório, o réu e sua defesa podem utilizar, apontar e fazer referência a qualquer prova presente nos autos, porém, não é o momento adequado para apresentação de provas novas, ainda não juntadas aos autos e desconhecidas das partes”, ponderou, contudo, o ministro.

Moraes conclui a decisão afirmando que, caso entenda conveniente, os advogados de Bolsonaro deverão juntar os vídeos que gostariam de exibir durante o depoimento aos autos do processo. "Para que as partes se manifestem e que, eventualmente, possam ter sua autenticidade comprovada”, afirmou.

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