Aliado de Marina Silva, filiado ao PSB e militante ambientalista, Agostinho acumulou desgastes com o governo devido à demora do Ibama em liberar a prospecção de petróleo na região.
Entre os nomes ventilados pelo governo está o de Márcio Macedo, que deve deixar a Secretaria-Geral da Presidência. O deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) é o favorito para comandar a pasta.
Macedo, porém, também pode ocupar um cargo na executiva do PT.
Em fevereiro, o presidente Lula externou sua irritação com Agostinho ao reclamar publicamente do “lenga lenga” do Ibama para liberar a licença.
Em março, foi a vez do ministro de Minas e Energia criticar o presidente do Ibama em uma reunião dos Brics. Na ocasião, disse que faltava “coragem” ao presidente do Ibama.
Fontes do PSB avaliam que, com a decisão desta quarta-feira (21), a pressão sobre o órgão deve diminuir, mas fontes da base governista têm outra leitura.
A mudança agora aconteceria longe dos holofotes e sem maiores riscos de atrito com a ministra Marina Silva.
Agostinho é visto por governistas como um ambientalista “radical”. Ex - deputado, ele foi presidente da Frente Parlamentar do Meio Ambiente.
Procurado pela CNN, Agostinho ainda não se manifestou. O espaço está aberto.